Natural.Aventura

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CLASSIFICADOS: "Troco um par de pernas bem usado por um par de asas em bom estado de conservação".




"O correr da vida embrulha tudo" ... mas, pretendo retornar em breve, com novos insights, novas experiências e aventuras. Só preciso encontrar tempo para isso!!! (: @natural.aventura

ÚLTIMOS POSTS 

"Acordei sentindo saudade de casa, mas é estranho sentir saudade de casa quando se está em casa. Então tomei consciência que sinto saudade da brisa do mar, do sotaque cantado, do céu estrelado, dos ventos fortes, da noite gostosa e dos versos de José de Alencar. Eita meu Ceará!" Leivânio Rodrigues

MODO ALEATÓRIO ...

Arquivo pessoal: Rio Cachoeira, Antonina/Paraná, Brasil. Rafting.
Arquivo pessoal: Rio Cachoeira, Antonina/Paraná, Brasil. Rafting.

água boa. rio bom. 

"ICATÚ". é como que se diz, em tupi-guarani!

Boatos de que em 26 de dezembro andamos saracoteando por aí.  

Como não podia ser diferente, nos despedimos de 2020 assim, nos aventurando, com aqueles que nos acompanharam em diversas viagens e aventuras em 2020, nossos amigos. Viemos de longe e voltamos pra casa com o coração aberto e a alma lavada.  

Nossa gratidão à família @icaturafting que nos proporcionou esta experiência maravilhosa. Somos gratos pela experiência, pelos ensinamentos e pelo carinho com que nos trataram. Voltaremos! E, se Deus quiser, com o rio em sua capacidade máxima. A terra anseia por água, e nós, por novas aventuras. Nos vemos em breve ...


Arquivo pessoal: Morro do Araçatuba, Tijucas do Sul/Paraná, Brasil. Trekking.
Arquivo pessoal: Morro do Araçatuba, Tijucas do Sul/Paraná, Brasil. Trekking.

parque araçá.

12 de dezembro de 2020, fomos guiar alguns amigos e acabamos sendo guiados por "ele". Uma bela surpresa que ganhamos da montanha! o/ 

Depois de alguns meses sem trilhar, foi um grande desafio encarar a montanha. Mas, conseguimos. Vencemos a dor e o cansaço e recebemos um baita presente da natureza. 

Estivemos perdidos por alguns minutos ... muitos minutos, na verdade. Ficamos ansiosos, o tempo fechou, escureceu, a chuva caiu, mas o instinto de sobrevivência superou o medo e trouxe clareza. Reencontramos a trilha e voltamos prá casa, felizes da vida, satisfeitos, abençoados.  Mais aprendizados, novos amigos, mais histórias prá contar. Ansiosos pela próxima montanha, que virá somente em 2021. Mas, virá! 

"Fizeste-me ver a claridade do mundo e a possibilidade da alegria. Tornaste-me indestrutível, porque, graças a ti, não termino em mim mesmo." Pablo Neruda



#TODASFLORESTASIMPORTAM

Protege-me!

Junto ao puro ar da manhã ao crepúsculo, eu te ofereço: Aroma, flores, frutos e sombra! Se ainda assim não te bastar, curvo-me e te dou: Proteção para teu ouro, pinho para tua nota, teto para teu abrigo, lenha para teu calor, mesa para teu pão, leito para teu repouso, apoio para teus passos, bálsamo para tua dor, altar para tua oração e te acompanharei até a morte... Rogo-te: não me maltrates!" Walter Rossi.

Paz quando o vento sopra. Setor I, São Luiz do Purunã.
Paz quando o vento sopra. Setor I, São Luiz do Purunã.

Começando pelo Começo [Lat. ab ovo]

"Tartarugas conhecem as estradas melhor do que os coelhos." Khalil Gibran 

Amo e valorizo o silêncio, a paz e a tranquilidade e a forma como propiciam a fluidez de pensamentos, a organização de ideias, a compreensão das coisas. Posso afirmar que sou, por natureza, uma pessoa introspectiva.

Ao longo da vida, também desenvolvi extrema curiosidade sobre o amor, a vida e outros mistérios. (Não se espantem ao identificar em minhas divagações fragmentos de textos e músicas conhecidas, pois, estes "links" vão acontecendo espontaneamente à medida em que vou escrevendo minhas memórias.)

Ainda criança, recebi a influência de algumas boas amizades e voluntariamente comecei a trilhar aquilo que mais tarde ouvi dizer que são "os caminhos menos percorridos"; são os caminhos pouco andados, por assim dizer, afastados das cidades e sua vida urbana, longe da poluição sonora e da poluição visual. Participei de alguns acampamentos, onde aprendi sobre a arte de acampar, sobre nós e fogueiras, cozinha ao ar livre e sobre excursionismo pedestre. Também aprendi a observar o céu noturno, identificando constelações e plêiades. Essa foi a base que recebi na infância e o ponto de apoio que me impulsionou na adolescência e vida adulta.

Muito do que aprendi na infância, nem lembro mais, mas sei que está guardado em algum canto da minha memória e ainda me entusiasmo quando penso que graças a esse contato inicial com as coisas da natureza, esses temas ainda me fascinam e emocionam.

À medida em que ía crescendo, passei a trilhar com mais frequência, sempre com a motivação de arejar a mente e me exercitar, sem metas, sem cronômetros, sem a obrigação de "chegar". Simplesmente andar, ouvir, andar, sentir, andar e contemplar as coisas objetivas e subjetivas que só a natureza pode proporcionar. Tanto gostei, que fiz disso um estilo de vida, o meu descanso da loucura.

Caminhando assim, sem um objetivo específico a não ser curtir o momento e os benefícios da calma e do silêncio, tudo o mais perdia a importância: as tarefas escolares, os ensinamentos domésticos e outros cuidados da vida. Em meio à natureza, meus sentidos se dispersavam numa deliciosa sensação de relaxamento, observando a vegetação, os insetos e pequenos repteis, sentindo o aroma revigorante das ervas, vendo os raios de sol penetrando na densa vegetação e atravessando pequenas gotas de orvalho, formando feixes multicores, ouvindo o som dos córregos, riachos, cachoeiras ... e tudo isso oferecido generosa e gratuitamente pela natureza, sem cobranças, nem exigências. Aprendi sobre as vantagens de praticar regularmente esse tipo de atividade: "quem caminha por dentro, caminha também por fora".

A cada oportunidade de me desvencilhar da rotina que a vida na cidade impunha, da correria e da pressa, era para lá que eu corria, ou melhor, caminhava.

Já na adolescência, consegui investir alguns cascalhos em uma bota, uma mochila e um bastão para aliviar o peso nos joelhos e mergulhei de cabeça nas trilhas. São itens básicos para quem deseja trilhar.

Durante esta fase, acompanhando amigos mais experientes, adquiri o aprendizado que iria me tornar "o guia oficial da rodada" alguns anos depois.

Lembro que fiz muitas trilhas solo, em lugares perigosos, dada a empolgação e inexperiência inicial e, assim, negligenciei os bons princípios de um trilheiro, me expondo em situações de risco que poderiam ter interrompido minha vida nas trilhas. Mesmo apreciando o silêncio das matas, compreendi que não é uma atividade de prática individual. Com isso, passei e guiar amigos em lugares previamente explorados, e gostei disso. Compartilhar experiências e transmitir conhecimento é muito gratificante, sem dúvida. Na trilha, um ajuda o outro quando bate o medo, quando algo não sai conforme o planejado, quando a tempestade chega, quando acaba a água, quando se está perdido. Essas são apenas algumas das situações inusitadas que acontecem neste tipo de atividade. Por isso, insisto, não vá sozinho! Nunca vá sozinho! Vá acompanhado e vá devagar, mas com pessoas comprometidas e responsáveis, pois poderão precisar uns dos outros prá sobreviver, acredite em mim!

"De tanto não parar a gente chegou lá do outro lado da montanha onde tudo começou ..." (do Marcelo Janeci)

Minha primeira aventura em montanha, pelo que me recordo, aconteceu em um dia de muito frio e vento.

Entrei na trilha com meus passos inseguros, mas com a alma confiante, seguindo alguns adolescentes um pouco mais velhos que eu, vulgo "meus melhores amigos", que já conheciam "o caminho" até o cume do Morro do Anhangava, no município de Quatro Barras, no Paraná; esta seria uma das experiências mais significativas da minha vida, pois foi onde de fato brotou uma paixão avassaladora pelas montanhas e pelos lugares altos.

Após "muito" caminhar (mal sabia eu que aquela trilha seria uma das mais curtas que eu percorreria a pé, considerada uma trilha "leve/moderada"), chegamos ao ponto decisivo da trilha, o trecho final da aventura, que nos levaria até o cume daquele morro. Neste ponto, há quem prefira retornar à base por medo de continuar adiante (base, é o local reconhecido como o início da trilha, onde se pode referenciar como o ponto-de-encontro antes de iniciar a subida de um morro, por exemplo). E, de fato, nunca vou esquecer a sensação de me agarrar com força aos ganchos presos a um enorme paredão de rocha, tendo em minhas costas o "nada", o vazio e abaixo de mim a copa verdejante das árvores e uma vista de tirar o fôlego, um olhar panorâmico da Serra da Baitaca, até onde a vista podia alcançar. Aliado a isso, com o vento beijando as faces numa velocidade até então nunca experimentada, até tomar água tornou-se uma grata surpresa, pois aquele liquido vital saía da garrafa pet numa linha horizontal direto para a minha boca. Uma experiência única e divertida. Foi um dia daqueles, posso garantir!

Na sessão de artigos deste Vlog, trarei informações importantes para quem desejar trilhar o Anhangava.

Hoje, perto de completar 5 décadas de vida, meu único arrependimento é não ter trilhado mais. Mas a vida tem outros aspectos que merecem nosso tempo e dedicação e entendo isso.

Os anos voaram, a vida passa depressa, e hoje, já coleciono algumas experiências interessantes em montanhas, rios, cachoeiras, cavernas; aventuras na terra, no céu e na água, porque uma coisa levou às outras. Sinto gratidão por cada experiência e pelos amigos que contribuíram assombrosamente em minha jornada, pois, como diz o personagem de um filme conhecido, "a verdadeira felicidade só existe quando é compartilhada!". E, passado algum tempo, me sinto na obrigação de também compartilhar o que aprendi e, quem sabe, contagiar outros.

E para fechar com chave de ouro o primeiro post, aí vão algumas dicas e insights prá quem deseja dar os primeiros passos e se tornar um aventureiro responsável:

- Nunca vá sozinho por caminhos desconhecidos! Vida é feita para companhia. Não corra riscos desnecessários;

- Planeje-se. "Estude" o local que irá conhecer antes de se aventurar. A internet oferece sempre uma boa coletânea de informações sobre
destinos já conhecidos e relatados por outros aventureiros;

- Verifique se o clima estará propício para o tipo de atividade que irá realizar na data em que pretende se aventurar;

- Leve somente o necessário na mochila;

- Recolha seu lixo e zele pelas trilhas. Seja um trilheiro consciente;

- Lembre-se que chegar ao destino é apenas metade do caminho. Guarde um pouco de energia para a volta!

- "Use filtro solar" (referência ao belo texto escrito pelo Pedro Bial >joga no google!<).



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